Eu sei que tu tens saudades Da outra tua companheira Pra resmungar na mangueira Tomar cachaça em bolicho Ou esporear num bochincho Alguma china manheira
Chilena velha de ferro Atada junto ao garrão Roseta picando o chão Numa festa ou entrevero Na fosca luz do candeeiro Sapateando no galpão
Cortou paletas de potros Riscou as canchas de tava Qualquer parada topava Viesse de culo ou olada E cansou de pedir bolada Do quebra que corcoveava
Não foste mais ao rodeio Baile, doma, marcação Te desatei do garrão Por falta da companheira E abandonaste a mangueira Vivendo pra tradição
O tempo te envelheceu Te atirou ao abandono Perdeste noites de sono Rondando tropas no pampa Ouvindo estalar de guampa E a cochichar com teu dono
Querida espora gaúcha Dizendo assim eu não erro Não ouço mais o teu berro Nem ouço mais teu barulho De ser teu dono me orgulho Bendito traste de ferro
Compositores: Joao da Cunha Vargas (UBC), Vitor Hugo Alves Ramil (Vitor Ramil) (UBC)Publicado em 2009 (04/Dez) e lançado em 2010 (10/Mar)ECAD verificado em 01/Abr/2024