Cantar ciranda É como se aventurar A viver em alto mar Pescando numa jangada Vela esticada Chuva e sol, frio e calor E eu me sinto um pescador Puxando a rede pesada E a cad~encia compassada Da jangada balançando Minha ciranda embalada
Cantar ciranda É balanço de maré Quando vem, forma um balé Quando vai carrega areia Me arrudêia Um temporal carrancudo Quando vai, carrega tudo E quando volta incendeia E a poesia vadêia Igualmente um bumerangue E em cada gota de sangue Que corre na minha veia
Cantar ciranda É como um jogo de azar Quando eu saio pra cantar Não sei se amanheço o dia Patifaria Não me atinge o coração Pois eu tenho a proteção De um poder que me irradia E uma trombeta anuncia Que o mundo está se abalando Toda vez que eu estou tragando No cachimbo da poesia
Só pode ser Coisa de feitiçaria Arrilia do sotaque É tão bom que até arrepia Cantar ciranda É como fotografia Faz morada na memória Desde o primeiro dia
Compositor: Siba/céuPublicado em 2016 (28/Out) e lançado em 2008 (30/Jan)ECAD verificado fonograma #12694439 em 14/Abr/2024 com dados da UBEM