O cara que catava papelão pediu Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz Nem terno, nem tampouco ternura À margem de toda rua, sem identificação, sei não Um homem de pedra, de pó, de pé no chão De pé na cova, sem vocação, sem convicção
À margem de toda candura À margem de toda candura À margem de toda candura
Um cara, um papo, um sopapo, um papelão
Cria a dor, cria e atura Cria a dor, cria e atura Cria a dor, cria e atura Cria a dor, cria e atura
O cara que catava papelão pediu Um pingado quente, em maus lençóis, à sós Nem farda, nem tampouco fartura Sem papel, sem assinatura Se reciclando vai, se vai
À margem de toda candura À margem de toda candura À margem de toda candura
Homem de pedra, de pó, de pé no chão
Não habita, se habitua Não habita, se habitua Não habita, se habitua Não habita, se habitua
Compositores: Fernando Eduardo Silva Anitelli (Anitelli) (UBC), Maira Moreira Viana de Barros (Maira Viana) (UBC)Editor: O Teatro Magico Producoes (UBC)Administração: Phonolite (UBC)Publicado em 2008 (25/Abr) e lançado em 2008 (01/Jun)ECAD verificado obra #2614970 e fonograma #1357508 em 06/Abr/2024 com dados da UBEM