Crédito foto: Renato Pagliacci / Divulgação

O vocalista Toni Garrido gerou uma grande discussão ao fazer uma alteração na letra de "Girassol", sucesso do Cidade Negra.

Uma das canções mais icônicas da banda, a modificação acontece 25 anos após seu lançamento.

A mudança foi realizada para inserir uma referência feminina e foi justificada pelo cantor como uma tentativa de corrigir um viés que ele considera "hétero e machista" presente na letra original.

"Durante anos eu tinha certeza que estava cantando uma canção certa de amor, e que estava fazendo o bem para as pessoas. Depois de 25 anos, um dia bateu uma ficha aqui, e eu falei: 'Hétero machista top, horrível", disse o cantor em participação no programa do apresentador Serginho Groisman.

Veja a seguir:



REAÇÃO DOS FÃS

A decisão dividiu opiniões, provocando debates acalorados nas redes sociais.

Alguns fãs desaprovaram a alteração, classificando-a como desnecessária, enquanto outros aplaudiram a iniciativa de inclusão.

A declaração de Toni Garrido gerou críticas, com muitos considerando a mudança um reflexo de uma "militância errada".

A letra original mencionava "menino" e agora foi alterada para "menina" e "mulher", como uma forma de tornar a letra mais inclusiva.

"Sempre achei que o sentido era: 'para ser um homem de verdade, você precisa ter a pureza, o cuidado, a sensibilidade de uma criança'... Entendi errado todo esse tempo?, perguntou um usuário no X, antigo Twitter.

Outro fã reclamou: "Acho que é querer lacrar em algo que não tem necessidade. Estão deixando a língua portuguesa de lado, a poesia, a interpretação".

Teve também quem fez ironia com a declaração do vocalista do Cidade Negra. "Agora vai ter que mudar o título da música 'Girassol' para colocar 'Margarida'", disse um seguidor no Instagram.

Alguns admiradores defenderam a mudança, apoiando o vocalista do grupo.

"Acredito que a música, quando busca traduzir contextos culturais, só se completa ao trazer o 'ouvinte' para dentro da cena: há 25 anos parece falar de 'menino' no sentido de criança, de mantê-la viva; agora que o Brasil ocupa quinto lugar de feminicído, por que não ressignificar o valor de ser 'homem'?", questionou um fã.