Ă bodega pequena cor de gis Sortimento surtindo grande efeito Meia dĂșzia de frascos de confeito Carrossel de açĂșcar dos guris Querosene se encontra nos barris Onde a gata amamenta a gataiada Sacaria de boca arregaçada Gargarejo de milhos e farelos Dois ou trĂȘs tamboretes em flagelo Pro conforto de toda freguesada.
No balcĂŁo de madeira descascada Duas torres de vidro sĂŁo vitrines A de cĂĄ mais parece um magazine Com perfume e cartelas de Gillete Brilhantina safada, canivete Sabonete, batom... tudo entrempado Filizolla balança bem ao lado Seus dois pratos com pesos reluzentes DĂĄ justeza de peso a toda gente Convencendo o freguĂȘs desconfiado.
Tem cabides de copos pendurados E um curral de cachaça e de conhaque Logo ao lado se vĂȘ carne de charque Tira gosto dos goles caneados PelotĂ”es de garrafas bem fardados Nas paredes e dentro dos caixotes Tem rodilha de fumo dando um bote E um trinchete enfiado num sabĂŁo Bodegueiro despacha a um artesĂŁo Parafuso de cabo de serrote.