Nos braços da minha amada Sou um inventor de carinho "Taqualmente" um bem-te-vi Mimando um bem-te-vizinho Eu chega fico alesado Feito um bacorim mamado Pro riba dos bacorinho
É aquele enganchamento De perna, de boca e mão Aquele agrado de coxa É aquela alisação E, se acaso ela der sopa, Descascadinha de roupa, Vixe Maria, sei não!
O falar da minha amada É aquele meio-tom Aquela vozinha fofa Que nem o talco Pom-Pom Na orelha desse ouvido É aquele sustenido Fazendo cochicho bom
Meu peso sem gravidade Me manera vento afora Eu, em formato de doido, Esqueço o dia e a hora E se ela disser: "Menino! Vambora fazer menino?" Menino, eu digo, vambora!
O imposto do cupido Eu pago só o varejo Aparecendo o fiscal Declaro dois ou três beijos E sonego o apurado Chamego do furioso Os fósforo que acende a chama Palavreado de cama Os apelido dengoso Os meus saldos de balanço "Corrochiado" em gracejos E aviso a "fiscaiada" Se multar a minha amada Tá multando meus desejos