Me lembro e tenho saudade De quando eu fui candeeiro Lá na fazenda Trindade O meu pai era o carreiro
Eu digo mesmo a verdade Tenho orgulho em ser roceiro Lá quando o galo cantava Os oito bois arriava Trabalhava o dia inteiro
Pra cidade eu carreava Produtos de fazendeiro O carro velho cantava Subindo os morros faceiro
Os bois de guia chamava O Brinquinho e o Trigueiro Meu pai com os bois conversava De ferrão não precisava Era macio e ligeiro
("Meu Deus, o mundo virou Quanta saudade de meu pai E o seu carro de boi No sertão que no tempo ficou")
Meu Deus, o mundo virou Diz que mudou pra melhor O progresso que chegou Em meu peito deu um nó
Quem na roça se criou O mundo ficou pior Eu passo as noites sonhando Com o carro de boi cantando Não tem saudade maior
Compositores: Balbino Ribeiro da Silva (Coronel Balbino) (SICAM), Sebastiao Ribeiro de Almeida (Gino) (SOCINPRO)Editor: Madrigal (ABRAMUS)Publicado em 2009 (17/Jul) e lançado em 1977 (30/Jan)ECAD verificado obra #3239877 e fonograma #1559170 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM