(Ah-ah-ah-ah-ah-ah-ah)

(Ah-ah-ah-ah-ah-ah-ah)

(Ah-ah-ah-ah-ah-ah-ah)

Abro minhas pernas, deito-me com a morte

Nos beijamos, suspiramos, suamos

Sua boca de amora mancha meu camisão

Eu o puxo para perto

Enlaço minhas pernas em volta dele e tem gosto de vida

Eu me torço, eu mordo

As raposas tagarelam na noite

Me mostre o caminho

Por onde esse sentimento leva

A dor, o impulso, a necessidade

Mostre-me o caminho

Por onde esse sentimento leva

A dor, o impulso, a necessidade

Uma paisagem cintilante

Eu arregalo os olhos

Será que posso guardar toda essa beleza

Para sempre dentro de mim?

Arranco meu camisão e corro nua pela cidade

Corro pela chuva, corro pela névoa

Encontrando consolo em gatos

e cachorros e coisas que não podem falar

Corri até o plano ancestral

mas todos apareceram bêbados e insanos

Quando perguntei o que eu poderia lhes oferecer

Eles disseram: gim-tônica ou lítio

Eu perguntei: por qual caminho devo seguir?

Através da fumaça de cigarro, disseram

criança, como poderíamos saber?

Me mostre o caminho

Por onde esse sentimento leva

A dor, o impulso, a necessidade

Mostre-me o caminho

Por onde esse sentimento leva

A dor, o impulso, a necessidade

Desejo além da razão

Coisa arruinadora

Um estranho veio à minha porta

E eu o recebi

Meus pés estão sangrando

Mas eu não consigo parar

Ainda tenho muitas, muitas milhas

A percorrer

Cheguei a uma clareira, cheia de lamentos e prantos

Um poço de lágrimas que nunca seca

As mulheres disseram: “Estávamos esperando

Esperando para te encontrar, era só questão de tempo”

Enterrei meus punhos no chão

e a terra emitiu um som de gemido

Oh-oh

Eu pude sentir algo estremecer

Mais fundo, mais fundo ainda

E encontrei todos os monstros, do bar à Broadway

E todas as suas ofertas violentas, eu simplesmente recusei

E suas ameaças e promessas não me assustam

Afinal, não há ninguém mais monstruoso do que eu (woo)

Do que eu (woo)