Amigo, que ironia desta vida Você chora na avenida Pró meu povo se alegrar Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor Me destrói Mas você me entende E diz que pancada de amor não dói Meu surdo parece absurdo Mas você me escuta
Bem mais que os amigos lá do bar Não deixa que a dor Mais lhe machuque Pois pelo seu batuque Eu dou fim ao meu pranto e começo a cantar Meu surdo bato forte no seu couro Só escuto este teu choro
Que os aplausos vêm pra consolar Meu surdo, velho amigo e companheiro Da avenida e de terreiro De rodas de samba e de solidão Não deixe que eu vencido de cansaço Me descuide desse abraço E desfaça o compasso do passo do meu coração
Compositores: Antonio de Oliveira (Totonho) (UBC), Paulo Roberto dos Santos Rezende (Paulinho Rezende) (SOCINPRO)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)ECAD verificado obra #29851 e fonograma #9200976 em 07/Abr/2024