Te disse com palavras O que eu não pude, te dizer com alma Mas fugi, pra longe de mim Errei, me convenci, de que eu era pouco pra você De que eu era nada E nada com nada De nada adianta
Digo que vou, mas fico Digo que fico, mas não fico não Caladas se vão, mortas estão
Eu grito No peito, tomo uma bala Não finjo, existo Grito, resisto Sou sedenta Por justiça, por amor
Porque se eu tiver que gritar Se eu tiver que levantar Eles vão ter que me engolir Me aceitar
Sou mulher Indígena, cabocla Livre, sou Sou artista, sou filha Menina, sou
Sou mulher Indígena, cabocla Livre, sou Sou artista, sou filha Menina, sou Sou todas, sou delas E sem elas nada sou
Sem elas nada sou Sem elas nada sou
Vão tentar me queimar, mas eu vou ficar Não vou sucumbir A vida vou seguir Vou lutar, vou convencer E eu vou ficar Quem eles pensam que são pra nos calar? Quem eles pensam que são pra nos matar? Ah, a nossa pele eles não vão tirar não, tá?
Eu grito No peito, tomo uma bala Não finjo, existo Grito, resisto Sou sedenta Por justiça, por amor
Porque se eu tiver que gritar Se eu tiver que levantar Eles vão ter que me engolir Me aceitar
Sou mulher Indígena, cabocla Livre, sou Sou artista, sou filha Menina, sou Sou todas, sou delas E sem elas nada sou
Sem elas nada sou Sem elas nada sou Sem elas nada sou Sem elas Nada