Veja nosso mundo Nossa fortaleza Atirando a essência ao léu Encurtando as fronteiras instaurando suas esporas Resumindo o orgulho num afã Não há paciência Tudo muda tudo Tem as pragas caindo do céu E a rotina vira vida e a vida vira hora E a hora nunca para quando deve parar
Fica mais fácil de tragar os sonhos E o que é estranho é brilhante ou temido E o que é simples arranca o espanto Cobre-se a cara e se invoca o gemido Enquanto o ouro vislumbra os olhos E a liberdade vira mais-valia Os iluminados comandam de longe A revolução para hipocrisia Enquanto a sorte passeia no escuro Errando as cabeças com inteligência Os iluminados emitem a ordem "Acirrem as insídias por sobre a existência"
A visão na mira fica na espreita Transformando o faminto no réu E alimentam fantasias e deturpam suas histórias Atraindo como um ferro a um ímã Hoje o riso curto Tudo é aparência Há desgraças por trás desse véu De infâncias mal vividas, juventude e suas histórias Que a saudade dá vontade, mas não vai mais voltar (Não vai voltar)
À medida que o medo espanta e comove A fragilidade se torna inimiga E a solidão se reflete nos olhos E aí ninguém mais faz questão de te ouvir Enquanto a ciência releva o futuro Trazendo esperança, tensão e agonia Os conservadores esperam o desfecho Rezando um Pai-nosso e uma Ave-Maria Politicamente mais tiros no escuro Disfarçam simplismos de incompetência Sorrindo de canto da nossa ruína Com meios nocivos de subsistência
Eles vão te esperar Eles vão te envolver Comandá-lo num transe profundo Eles vão te acordar Vão te dar de comer Tudo vai acabar num segundo
Eles vão ensinar o que tem que aprender Comandá-lo num transe profundo Eles vão te esperar Eles vão envolver E nem vai se tocar